Postado 08/03/24
Olá turminha!
No mês passado, comemoramos o Carnaval. A festa da alegria, da folia, dos bloquinhos de rua e das famosas "marchinhas". E por falar em marchinha, quem nunca ouviu essa?... "Ó abre alas que eu quero passar... Ó abre alas que eu quero passar..."
Então, hoje, no Dia Internacional da Mulher, te convido a abrir alas e conhecer a história de uma mulher, mestiça, brasileira e que mudou os rumos da história através da luta e da arte: Chiquinha Gonzaga.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de outubro de 1847.
Ao longo de sua vida, não faltaram preconceitos e lutas. Filha do casal Jorge Basileu Gonzaga e Rosa Maria Neves de Lima, ele, branco, general do Exército Imperial Brasileiro; ela, negra, de origem humilde, Chiquinha, já na infância, foi discriminada por ser mestiça e mais adiante, já em sua vida adulta, por criar seu filho sozinha, por abandonar dois maridos, por trabalhar e por viver da música.
Nossa! Mas como assim?
É turminha, a liberdade que nós mulheres temos hoje não existia no passado.
Chiquinha foi considerada uma mulher à frente de seu tempo, pois viveu em uma época na qual as mulheres não tinham voz e eram submissas aos maridos, não podiam votar, não podiam participar de decisões políticas, não podiam ter uma profissão... e menos ainda, trabalhar com arte.
E sabe o que ela fez? "O DIFERENTE"! Ela se deu o direito de pensar e de agir por si mesma. Não se intimidou diante do que os outros podiam pensar ou dizer de seus atos.
SUA LUTA SOCIAL
Chiquinha, diferentemente de outras meninas de sua época, e até mesmo por ser filha de um militar, pôde estudar e aprender piano e violão. Começou a compor ainda aos onze anos e na sua vida adulta, passou a vender, de porta em porta, suas partituras para comprar a alforria de escravizados. Esteve presente também na campanha republicana e em todas as grandes causas sociais do seu tempo.
SUA LUTA ARTÍSTICA
Chiquinha Gonzaga foi A PRIMEIRA compositora, pianista e maestrina brasileira. A primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil combinando o popular com o erudito. Foi a autora da primeira marchinha de Carnaval "Ó Abre Alas".
Chiquinha Gonzaga "incomodou" muita gente naquela época e por muitos foi considerada uma mulher escandalosa. Em uma época em que imperavam as valsas, polcas e tangos no cenário musical de elite no Brasil, Chiquinha incorporava em suas composições a diversidade encontrada na música das classes mais baixas. Ela introduziu a música popular nos salões elegantes... olha só a coragem dessa mulher.
Ela é considerada a maior personalidade feminina da história da música popular brasileira. Foi a primeira mulher a enfrentar o mercado de trabalho ocupado exclusivamente pelos homens, foi corajosa na defesa dos direitos iguais, que revolucionaram os costumes. Ela transformou nossa história e o dia da música popular brasileira é comemorado no dia do aniversário dela.
O QUE APRENDER COM SUA HISTÓRIA?
São muitas as grandes mulheres que marcaram a história da humanidade. São pessoas importantes que atuaram como cientistas, escritoras, revolucionárias, médicas, astronautas e tantas outras funções.
O mundo só é o mundo, porque nele existem Marias, Chiquinhas, Carlas e tantas outras mulheres admiráveis, e que dentro de sua realidade fazem a diferença.
Mesmo com as dificuldades e falta de reconhecimento que enfrentaram - e ainda enfrentam - algumas se destacam e buscam o seu lugar de direito no mundo, COMO SER HUMANO.
O que uma mulher pode ser? O que uma mulher pode fazer?
Uma mulher pode e deve ser e fazer o que ela quiser!
Na próxima matéria, vamos falar sobre - Música na infância: por onde começar? Fique ligadinho no nosso Blog!
NOS VEMOS NA PRÓXIMA MATÉRIA, TURMINHA! Marque @turminhadynsters nos Stories.
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